Papagaio que fala mal de joão-de-barro, acaba na gaiola
Manaus celeiro para muitos aventureiros, que vieram para cá em busca de fortuna desde a Belle Époque até o início da Zona Franca de Manaus. Uns para produzir, outros tantos para comercializar e outros para fazer carreira com serviços para enganar besta e ainda se sentirem donos do negócio.
Seria o caso do empresário com nome de bandoleiro, Durango Kid, ou melhor, Duarte, que se abancou por aqui e, se achando o rei da cocada preta vendeu seus serviços de Pesquisa, Marketing e Publicidade para governadores, prefeitos e principalmente os que almejavam chegar ao poder.
Assim, do Amazonino ao David Almeida todos caíram e pagaram muito bem e às vezes até acima pelo conto do Durango. O negócio ia bem até que outras empresas de pesquisas ameaçaram ao monopólio da Calcinha Preta – aquela que mostra quase tudo menos o essencial colocando a perspectiva em risco e aí o gaúcho calçou as bombachas e ameaçou o desembargador João Simões, presidente do TRE, e seu assessor, jornalista Cláudio Barbosa, em áudios vazados, que passam a impressão que ele tem as costas quentíssimas ou tem muita gente graúda na mão.
O estopim foi uma reunião marcada para o dia 17 pelo desembargador João Simões, para esclarecer e dar um basta em acontecimentos recentes e fatos relacionados a partidos políticos, que estariam tentando criminalizar os estudos eleitorais devidamente registrados
Instituto Calcinha Preta
Colecionando polêmicas, ele que já teve seu título de Cidadão do Amazonas cassado pela Assembleia Legislativa (ele é gaúcho, tchê), tendo sido acusado várias vezes de produzir resultados fictícios para candidatos que o contratam para a realização de pesquisas eleitorais, agora peitou o Poder Judiciário de frente.
Que diga o ex-governador Amazonino Mendes, o saudoso Negão, que saia na frente pelas pesquisas Calcinha Preta – aquela que mostra quase tudo, menos o essencial, do Durango em todos os pleitos que disputou e não venceu nenhum depois que fora governador pela última vez. Morreu pensando que estava em primeiro lugar.
Ameaças graves ou fumou bosta de vaca?
Ele foi explícito em suas ameaças nos áudios, chegando a afirmar que iria ‘enrabar’ os juízes e desembargadores (?). “Eu vou destruir essa reunião. Eu vou denunciar o desembargador João Simões por abuso de autoridade e conluio com estudos fraudulentos.” e mais: “Eu vou fazer um vídeo e dizer o nome do presidente do Tribunal Regional Eleitoral que ele está ‘criando um cenário para favorecer os fraudadores’”, declarou Durango em um dos áudios.
Além disso, ele continuou a lançar acusações graves. “Eu vou destruir essa reunião. Eu vou denunciar, vou mostrar provas. Não faça a reunião. O desembargador João Simões vai passar vergonha; ele vai ter que cortar minha palavra na reunião e vou denunciá-lo por abuso de autoridade e compactuação com intuitos fraudulentos”, disse ele, sugerindo que têm evidências de irregularidades e que pretende usá-las para desacreditar a reunião e seus participantes.
I´m Durango Duarte
Durango Duarte é um velho conhecido na política local, com contratos milionários no setor público, onde fez fortuna vendendo facilidades, ilusões e pesquisas eleitorais, já tendo respondido a diversos processos por fraude eleitoral em suas pesquisas. Nas horas de folga, entre um pleito a outro, dedica-se à nobre função de historiador. Tornou-se notório pelos erros cometidos em seus levantamentos em 2014, quando afirmou que Eduardo Braga ganharia o governo do Amazonas no primeiro turno contra José Melo. Já em 2022, ele divulgava que Eduardo Braga estava empatado com Wilson Lima na disputa pelo governo do Amazonas. Apostador nato, até nas apostas que fazia. Ronaldo Tiradentes ganhou R$ 100K e ele mais de R$ 500 do governo Braga.
Crime e cadeia
Ameaçar juízes e desembargadores pode levá-lo à prisão, já que ele cometeu um crime contra os juízes e desembargadores; contra os institutos de pesquisa e opinião; contra partidos políticos; contra a sociedade e, principalmente, contra o Estado Democrático de Direito. Todos esses fatos são mais que suficientes para a abertura de investigação por parte do Ministério Público Estadual (MP-AM), do Ministério Público Federal (MPF), da Polícia Federal (PF), do Conselho Federal de Estatística (Confe) e levá-lo à prisão. Jurisprudências, motivos e provas existem e são mais que suficientes.