Não é nada do que o cinema americano mostra. As tropas de elite mais famosas do mundo enfrentaram a Selva Amazônica e “pediram para ir ao banheiro”. Os lendários SEALs da Marinha e a Delta Force do Exército dos Estados Unidos, enfrentaram e sucumbiram aos rigores de um treinamento básico do CIGS, que recrutas do beiradão enfrentam e passam.
Os Seals americanos foram imortalizados através do cinema, nos filmes de ação americanos tipo Rambo, Os Mercenários, enfim, nos filmes que retratam esses personagens como a elite da elite, a tão temida Forças Especiais que, inclusive, matou Bin Laden, mas qual é a realidade disso tudo?
Quando ouvimos a palavra operações militares com tropas de elite, automaticamente imaginamos cenários de adrenalina pura, resgates audaciosos e missões quase impossíveis, imortalizadas no cinema. No entanto, a realidade pode ser ainda mais surpreendente do que a ficção.
Será que a realidade implacável da Selva Amazônica é páreo algumas das forças especiais mais renomadas do mundo?
Prova dos Nove
Em 2010, houve um intercâmbio de tropas dos Estados Unidos no Brasil. Era uma equipe híbrida de operadores especiais da Delta Force e dos Seals, e que naquela oportunidade visitaram o Centro de Instrução de Guerra na Selva, em Manaus, Amazônia. Como bom anfitrião, na época, o chefe da equipe de instrução do CIGS, coronel Fernando Montenegro, ofereceu aos visitantes a oportunidade de participarem do curso de operações na selva.
Ianques cabreiros
O pedido foi rejeitado pelo adido militar dos Estados Unidos no Brasil, que recusou, dizendo que aquelas tropas já tinham grande experiência de operações em várias partes do mundo e que não queriam fazer o curso. Queriam apenas que o CIGS proporcionasse um adestramento na selva amazônica, em formato de exercício militar, em nível mais difícil que o CIGS pudesse proporcionar.
Em uma entrevista para o canal do Youtube do Luiz Henrique, veterano das Forças Armadas, o coronel Montenegro disse que criou um exercício de adestramento bem básico, para não criar ali alguma dificuldade desnecessária aos visitantes, já que eles não estavam fazendo um curso, apenas um exercício militar de ambientação. Mas mesmo assim, o desempenho dos famosos operadores especiais estrangeiros na Amazônia foi péssimo.
Depois de apenas alguns quilômetros, não aguentaram mais andar selva adentro levando armamento, equipamento e mochila. Rapidamente ficaram exaustos e pararam, ao ponto de ficarem indisciplinados, afirmando que só concluiríam a marcha na selva quando a tropa estivesse novamente descansada e nas condições ideais de temperatura e pressão.
A situação chegou ao ponto de a equipe de instrução do CIGS ter que mudar o roteiro do exercício, tornando-o ainda mais fácil, para não pegar mal para as tropas estrangeiras e ocorrer ali incidente na diplomacia militar entre ambas as nações.
Para não ofender algum militar norte-americano, o coronel Montenegro não disse que tropa seria essa. Mas é claro que a informação vazou e esta tropa especial que não conseguiu concluir um adestramento básico do CIGS na selva amazônica, era um destacamento híbrido de operadores especiais dos SEALs e da Delta Force.