O Natal está chegando e não se esqueçam dos pedidos ao Papai Noel, pois não há nada que mais agrade o Laranja-Lima do que as apostas celebradas em Orlando, na Flórida, onde seus colegas dão plenas chances de vitória ao Cidade no próximo pleito municipal.
Como também nada emputece tanto o outro time de baba-ovos e puxa-sacos a tecer profecias sinistras sobre as dificuldades que o prefeito encontrará junto aos ex-aliados para continuar no cargo. Todos sabem que quem tem amigos como esses não precisam de desafetos.
Mas diz também que a coisa não está tão fácil assim. Pois esse sentimento de vingança contido no âmago do governador com o tratamento recebido pelo prefeito, alardeando que seu sucesso e competência política garantirão a permanência de Wilson na sede do governo.
Mas agora, o prefeito foi jogado fora do barco do governador que desfilou ao lado do candidatíssimo Roberto Cidade e toda trupe de deputados e vereadores. No dizer que o Paraense é – para usar um termo bem apropriado – foda e que vai ganhar a eleição antes das campanhas propriamente ditas. E mais: com a campanha eleitoral a coisa tende a ficar preta, pois o povo vai tomar conhecimento de muita coisa que escapou à grande escândalos de corrupção. Falam com muita frequência da assertiva “os exaltados serão humilhados”.
Até tu, Tadeu?
Na mesma caminhada pela Comunidade Coliseu estava a coluna chave de sustentação pelo apoio do governador.
A presença do vice-governador Tadeu, indicado como peça de segurança para garantir a força da máquina do governo, para fazer a diferença e neutralizar os índices de recusa em direção à imagem do prefeito com os últimos acontecimentos, que já foi mais bonito, mas que anda precisando de boas doses de bom moço, desportista e religioso.
À boca pequena o governador tem dito que está descartada a possibilidade de retribuir o apoio que recebeu de seu antecessor, contanto que as pontas estejam amarradas e essa seja a manifestação da vontade popular. Esse filme já passou e ninguém o leva muito a sério.
E agora, Ganso?
Em Manaus, o tri-cidadão determinado e obstinado Omar Aziz, como ele mesmo se proclama. Amazonense, nascido em São Paulo e cidadão de Brasília. Outra mais sofisticada e ostensiva se postou à sua frente. Só há uma vaga para prefeito e outra para governador dois anos após.
A seu favor, de uma hora para a outra, Omar se deparou com o racha do governador com o prefeito. Omar sabe que está bem na foto, ao lado do governo federal e grande parcela da população amazonense. E vai lançar seu candidato na hora certa. Saraiva! Digo, Saravá!
A jiripoca vai piar
· Enquanto isso, a guerra aberta pela maioria na CMM continua correndo solta e pesada. Caio De Pé André, que não dá ponto sem nó nem bate prego sem estopa, está na alça de mira da turma de caça do prefeito;
· Engraçado que essa mesma turma nunca abriu a boca para denunciar as tramoias e descasos no município e ainda votou algumas matérias do lado de Caio de Pé André;
· A estratégia é muito simples: “ou as coisas saem como queremos, ou transformamos o Natal do prefeito num verdadeiro inferno”;
· É só conferir os últimos acontecimentos incluindo a pauta do TCE e o número de sites e blogs fiscalizando o prefeito;
· Não é à toa que os seguidores temem os arroubos de David quando se sente acuado diante das manobras dos adversários ocultos;
· Seus aliados podem começar a desenhar horizontes sombrios para seu desempenho eleitoral. Alguma coisa mudou. Se for melhor, só o tempo poderá sentenciar.