Se há algo que pedestre nenhum usa, são as passarelas instaladas por governos municipais que se sucederam em Manaus; jovens e idosos se arriscam a atravessar no trânsito caótico da Grande Circular ou Torquato Tapajós, ao lado da passarela, arriscando a vida para fazer malabarismo entre os carros.
Na Darcy Vargas existe uma passarela que dá acesso ao Amazonas Shopping, mas para que serve? Para abrigar maconheiros e ladrões de celular, que ali se instalam após as 18 horas. Uma cerca de arame foi colocada, para impedir a travessia de pedestres, mas foi retirada. Em outros locais, já foram registrado inúmeros acidentes com vítimas fatais ao lado da passarela. Se motorista não respeita Faixa de Pedestre, imagina idoso ou mulher atravessando na frente deles, na loucura do trânsito de Manaus.
Do pau para o bagaço
Como bem dizia um antigo ditado, as passarelas estão do pau para o bagaço, abandonadas e depredadas. Quer um exemplo? Lá vai: nas avenidas Max Teixeira, Mundo Novo, na zona Norte, e da Carvalho Leal, na Cachoeirinha, zona Sul, as estruturas estão danificadas, pichadas e tomadas por lixo, além de elevadores inutilizados e depredados por vândalos.
A falta de iluminação durante a noite nesses pontos é um chamariz para assaltantes. Obras que deveriam facilitar o trânsito de pedestres, incluindo cadeirantes, têm sido motivo de revolta da população. As passarelas de Manaus estão abandonadas, têm sido negligenciadas, depredadas, sem manutenção, iluminação, sem acessibilidade.
Passarelas custam os olhos da cara
A da Max Teixeira, por exemplo, foi inaugurada há menos de quatro anos, mas os elevadores estão parados e a estrutura destruída. Um guarda municipal em cada uma, resolveria o problema.
Quanto custa uma passarela? De R$ 1 a R$ 9 milhões, se incluída a requalificação do trânsito, que é o que mesmo?