O número de mulheres que votam no Amazonas soma 1,4 milhão (51%) do eleitorado. Os homens representam 49%, um total de 1,3 milhão. Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), atualizados até fevereiro deste ano. Conforme levantamento do eleitorado, as mulheres são maioria em 11 cidades do interior do Estado e, também, na capital Manaus.
Na capital do Amazonas, o eleitorado formado por mulheres soma 52,75% e os homens são 47,25%. Em relação aos dados gerais, somando todo os eleitores no Estado, as mulheres representam 51% do eleitorado contra 49% dos homens.

Iranduba é da mulherada
Na região metropolitana de Manaus, o município de Iranduba também tem a maioria do eleitorado feminino, 50,75% em comparação a 49,25% de homens. Entre as cidades do interior, Parintins também tem maioria de mulheres, cerca de 50,09% contra 49,91% de homens.
Benjamin Constant também tem a maioria feminina votante, 50,96% em comparação a 49,04% masculina.

Cadeiras
Apesar dos bons números de mulheres eleitoras, a representatividade delas na política ainda é bastante baixa. Na Câmara de Vereadores de Manaus (CMM), por exemplo, elas somam apenas 7,31% de um parlamento municipal composto por 38 homens. Na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), as cadeiras ocupadas por mulheres representam 20,83%. O Senado e a Câmara Federal não têm representantes.
A Aleam tem cinco cadeiras ocupadas por mulheres: Alessandra Campêlo (Podemos), Débora Menezes (PL), Joana Darc (União Brasil), Mayara Pinheiro (Republicanos) e Mayara Dias (Avante).
Na Câmara Municipal, o número é ainda menor, com três mulheres: Thaysa Lippy (PRD), Professora Jacqueline (União Brasil) e Yonara Lins (Podemos). A CMM destaca a importância da participação feminina na política e o trabalho das vereadoras. Com atuação pautada no compromisso com a sociedade, as vereadoras Yomara Lins (Podemos), Professora Jacqueline (União Brasil) e Thaysa Lippy (PRD) reforçam a presença de mais mulheres no Legislativo.

Força feminina
A trajetória das parlamentares evidencia a força feminina na política. A presença de vereadoras é essencial para garantir que as demandas das mulheres sejam ouvidas e transformadas em políticas públicas que beneficiem toda a cidade. Atuante na defesa dos direitos das mulheres, a vereadora Yomara Lins, que está em seu segundo mandato, tem como compromisso garantir a participação das mulheres na vida pública. Advogada formada pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), a parlamentar também é pastora e uma das fundadoras da Comunidade Evangélica Internacional do Avivamento (Ceia). Yomara foi a primeira mulher a assumir o principal cargo do Executivo municipal como prefeita em exercício em 2023.
Segundo a parlamentar, para que mais mulheres ocupem espaços de decisão, é necessário fortalecer políticas de inclusão, investir na formação de lideranças femininas e, acima de tudo, garantir que a voz das mulheres seja respeitada e valorizada nos debates políticos. “Apesar dos avanços, a representatividade feminina no Legislativo ainda enfrenta desafios significativos. É fundamental criar mecanismos que incentivem a participação política das mulheres, desde a ampliação de oportunidades dentro dos partidos até a garantia de um ambiente seguro e igualitário para atuar na política. Ainda lidamos com barreiras como a violência política de gênero, a dificuldade de acesso a financiamentos de campanha e a resistência cultural à liderança feminina”, afirma a vereadora.

Representatividade feminina no Legislativo
Com um histórico familiar atuando na política, a vereadora Thaysa Lippy trabalha por diversas causas sociais, dentre elas, a luta pelos direitos das pessoas com autismo.
Além de vereadora, Thaysa Lippy é empresária e advogada. Para ela, apesar dos avanços, ainda há um contraste significativo na representação política das mulheres nos parlamentos e defende que é essencial que políticas públicas se empenhem em reduzir todas as formas de discriminação e valorizem o trabalho das mulheres na sociedade.
“Somos metade da população brasileira (51,13%) e 53% do eleitorado, conforme dados do IBGE e do TSE. Precisamos estimular as mulheres a participarem do processo político e criar oportunidades reais dentro dos partidos”, afirma. Para as mulheres, especialmente as mais jovens, Thaysa Lippy deixa uma mensagem de incentivo à participação na política. Ela reforça que a falta de mulheres nos espaços de decisão enfraquece a democracia e as deixa à margem da elaboração de políticas públicas.
“Todas têm o direito e a capacidade de ocupar os espaços que desejarem. Na Câmara Municipal de Manaus, há um histórico de baixa representação feminina. Dos 41 parlamentares, geralmente apenas três ou quatro são mulheres. Isso é muito pouco. Chegar ao parlamento é um desafio, mas as mulheres podem contribuir com coragem, força, determinação e sensibilidade”, reforça a vereadora.