Uma festa de Carnaval realizada em Iranduba surpreendeu os brincantes ao vender pulseiras que são usadas para classificar os pacientes do Hospital e Pronto-Socorro Platão Araújo de acordo com o grau de necessidade para atendimento. O evento foi realizado no sábado (5), e a pulseira foi vendida como passaporte por R$ 25, para o evento Paixão Folia.
Uma fonte entrou em contato com o jornal Maskate News, e relatou que o evento foi realizado pelo empresário e funcionário público da Prefeitura de Iranduba, Marcos Paixão.
O bloquinho de Carnaval, que aconteceu atrás do Posto Shell, situado na rodovia Carlos Braga, teve como atração principal a cantora baiana Gilmelândia.
“Quando eles perceberam que as pessoas estavam tirando fotos das pulseiras, o secretário de saúde, Ricardo Freitas, que também estava na festa, disse que foi um erro da gráfica e que eles não haviam percebido”, revela a fonte que prefere não ser identificada, mas acha que foi uma forma de tirar o foco, já que ele teria recebido ‘alô’ vindo do palco.
O que diz a SES?
As pulseiras de identificação que o paciente recebe quando chega ao hospital em busca de atendimento, exibe uma cor indicativa da gravidade do caso, estabelecendo um prazo de tempo para que ocorra o atendimento e são de responsabilidade da Secretaria de Estado de Saúde do Estado do Amazonas (SES-AM).
Entramos em contato com a secretaria que informou que não procede a informação que o órgão estaria fornecendo pulseiras do Hospital Platão Araújo para um evento privado promovido no município de Iranduba. Segundo a direção do hospital, as pulseiras verde e azul não são usadas há muito tempo, pois o HPS Platão Araújo não realiza atendimento de pacientes azul e verde desde o início da pandemia pelo COVID-19, com a classificação atual sendo manuscrita em pulseiras brancas.
A SES-AM destaca o respeito e o compromisso com a saúde do Estado do Amazonas.
A equipe de reportagem entrou ainda em contato com o assessor de imprensa da Prefeitura do município, onde o funcionário público atua, ele respondeu em conversa por WhatsApp que passou a demanda para o dono da festa para que ele mesmo respondesse, contudo até a publicação desta matéria não houve retorno do envolvido.
Reiteramos que o espaço fica aberto para que o empresário e servidor possa explicar o motivo da venda das pulseiras.