A Amazônia virou pista de corrida: de um lado, o povo desprotegido levando pancada no trânsito da vida. Do outro, os engravatados que lavam milhões enquanto tomam café com promotor, juízes e ministros das cortes. Quem deveria proteger, atropela. Quem deveria investigar, participa. Quem deveria punir, almoça junto.
Nesse ritmo, vamos precisar de operação policial por semana — e de uma CPI para o roubo do Inss só pra entender onde guardam tanta cara de pau.

* Quem não atropela, é atropelado
Enquanto o MPF, Congresso ficam paralisados diante do roubo dos aposentados do INSS, uma procuradora foge de cena após atropelar um motoboy, ex-vereadores e policiais civis são pegos em outra pista: a da lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e uso de helicóptero pra distribuir entorpecente como se fosse panfleto de campanha. A Operação Linhagem, da PF, escancarou o que o povo sussurra na biqueira e o jornal não estampa com todas as letras: o crime está institucionalizado — e de paletó e farda.
Segundo a investigação, R$ 362 milhões circularam entre entorpecentes, empresas de fachada e campanhas eleitorais “higienizadas” com dinheiro sujo passado no lava-jato de laranja doméstica. Sim, teve até empregada como testa de ferro — o ferro, nesse caso, era o da grana que passava por ela sem nunca tocar seu contracheque.

*Procuradora ou atropeladora?
O Brasil oficial bateu de frente com o Brasil real, ou cara de pau? Literalmente. Uma procuradora do Ministério Público do Trabalho, possuída pelo Capiroto, atropelou um motoboy no Parque 10 nesta semana sacana e… fugiu. Sim, fugiu. E levou a moto encangada no assoalho do seu carro. Como se seu cargo fosse carteira diplomática contra responsabilidade. Ou guincho aloprado na hora que tudo está errado. O vídeo é claro: o motoboy no chão, o carro da procuradora indo embora, levado o carro do coitado. E o som que se ouviu é o da impunidade acelerando na maternidade que a pariu.
Depois veio a versão oficial: ela estaria “abalada”, “desorientada” — e só não voltou porque… sei lá, talvez o Código Penal estivesse em revisão.

*Corre que a polícia vem aí
Apesar da negativa de muitos – e não se sabe, ou sabe-se porque – a Guarda Municipal vai ganhar status de polícia, ou seja, não terá mais desculpa para o aumento da criminalidade, principalmente no interior. A medida aprovada no Senado atinge também os agentes de Trânsito, que atuarão como a PRF, com poder de autuar e prender na hora.
Resta só avisar para os novos ‘polícia’ que eles tem que perguntar antes de atirar, ou baixar o cassetete. Lógico que tem gaiato que merece uns ‘carinhos’, mas os arroubos devem ser contidos e tudo deve ser feito “dendalei”.
NINGUÉM MERECE!!!
A única diferença entre a milícia e certos setores públicos é o crachá — porque a estrutura é a mesma: domínio, tráfico, silêncio, fachada.
O futebol continua sendo o alimento e a dopamina do povo. Flamengo, Vasco e Palmeira encheram nossos corações de alegria. bebe água e dorme que a fome passa.
“Se ficar o bicho come. Se fugir ele come também, meu bem!!
Se fosse o contrário — se um motoboy tivesse atropelado uma procuradora — ele já estaria algemado até a alma e respondendo por tentativa de abalo institucional.
“Quando quem deveria proteger o trabalhador atropela e foge, Herodes!