A polícia prendeu o motorista filmado arrastando os cones de trânsito colocados em frente ao Comando Militar da Amazonas (CMA), segundo informou a Secretária de Segurança Pública (SSP). Em nota, o órgão informou que ele foi preso ainda na noite de domingo (20), e um teste de alcoolemia constatou teor de 0,74 mg. Não há registro de feridos.
O vídeo começou a circular nas redes sociais ainda na noite de ontem, quando aconteceu o fato, e assustou os manifestantes que estão acampados em frente ao quartel do Exército, na Avenida Coronel Teixeira, Ponta Negra.
Em um stories, uma das manifestantes que está no local, reclama da conduta do motorista e chega a confessar que tem crianças no local – o que é proibido, e inclusive, na semanada passada os órgãos do municípios e do estado, foram até o local para averiguar denúncias relacionadas, mas ao chegar ao ponto de manifestação, não encontraram nenhum menor de idade – e que a atitude do motorista poderia ter causado uma tragédia.
Segundo a SSP-AM, as equipes de fiscalização do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) identificaram a placa do veículo. “Posteriormente, na mesma noite, as equipes da Secretaria Executiva-Adjunta de Operações (Seaop), da SSP-AM, em conjunto com o Núcleo Especializado em Operações de Trânsito (Neot), intensificaram as buscas para localizar o motorista”, informou a secretaria.
Ele foi localizado e preso em um condomínio no bairro Ponta Negra. As equipes encaminharam o motorista para o 19° Distrito Integrado de Polícia. O caso é investigado pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM).
Protesto em frente ao CMA
Os manifestantes estão há mais de 20 dias acampados em frente ao CMA, e segundo eles, o ato é para mudar os resultados das urnas, quando no dia 30 de outubro o presidente eleito, Lula, derrotou o atual presidente, Jair Bolsonaro.
Os cones foram colocados em frente ao Comando, após diversas reclamações, principalmente a respeito da lentidão no trânsito. No dia 15, a juíza federal Jaiza Fraxe determinou que o governo do Amazonas, Prefeitura de Manaus e União interrompessem as possíveis ilegalidades, apontadas pelo Ministério Público Federal (MPF), praticadas durante o ato bolsonarista no local.
No dia seguinte, agentes da SSP-AM foram enviados ao CMA, para investigar as denúncias. A secretaria ainda não divulgou o relatório da vistoria.
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