Fotos: Arthur Castro/ Secom
Fechando as três noites o Boi Caprichoso levou para a arena na última noite do 57º Festival de Parintins, o apelo contundente em favor da proteção da floresta e dos povos originários, a partir do tema “Saberes, o Reflorestar das Consciências” garantiu o tricampeonato.
Com 419,7 pontos na primeira noite, o Touro Negro iniciou a apuração vencendo. Um empate na segunda noite onde os dois bois ficaram com 419,8 e para fechar o Caprichoso levou a melhor somando 1.259,3 pontos no total.
O presidente do Conselho de Artes do Caprichoso, Ericky Nakanome, fez um balanço das duas últimas noites de apresentações do festival e disse acreditar que o que foi levado para a arena superou as expectativas.
A primeira alegoria foi ‘Lenda Amazônica’, apresentando ao público a história do povo Macurap, que enfrentou uma grande alagação e teve a missão de proteger o povo da floresta. A obra do artista Alex Salvador foi destaque, com efeitos e detalhes, transformando a arena numa grande floresta.
A mãe Terra pede socorro
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Dando ênfase aos saberes tradicionais e crenças populares, o item ‘Figura Típica Regional’, concebida pelos artistas Makoy Cardoso e Nei Meireles, levou para o bumbódromo os Sacacas, Curadores da Floresta, que retrataram o poder da cura das ervas medicinais que ultrapassam os limites da ciência.
Ao longo da apresentação, o bumbá azulado deu destaque para as emergências climáticas, com a presença de líderes indígenas como Vanda Witoto. O espetáculo foi encerrado com o Ritual Indígena, entoado por Awa Guajá – A Oferenda e Sacaca.
Para o tripa do Boi Caprichoso, Alexandre Azevedo, o bumbá azul fez um trabalho comprometido com a realidade e a expectativa para o título de tricampeão aumentou na última noite. “Sempre na humildade, mas esperando. A gente está fazendo um trabalho que todo mundo está vendo, que é digno de um título do festival” disse Alexandre.
Segunda noite foi de arrepiar
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Exaltando os povos indígenas e ribeirinhos com o tema Tradições: O Flamejar da Resistência Popular. O Touro Negro encantou o público com alegorias surpreendentes, mesclando toadas novas e antigas.
O presidente da agremiação, Rossy Amoedo, destacou que as três noites de apresentação seguiram conforme planejado por toda a equipe, reforçando o trabalho dos últimos meses.
“Abrir o festival é uma responsabilidade muito grande, mesmo assim conseguimos dar um tom legal à festa, o Caprichoso se superou”, disse o presidente.
O boi azulado levou para a arena três alegorias que deixaram o público encantado. A Figura Típica homenageou o Pescador da Amazônia, com cores e movimentos cheios de detalhes, criação dos artistas Márcio Gonçalves e Marlucio Pereira.
Dever cumprido
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A apresentação, conduzida por Edmundo Oran, foi animada e empolgante. O item 1 se diz satisfeito e enfatizou a preparação envolvida no festival. “Trabalhamos há oito meses junto com o Conselho de Arte. Preparação vocal, preparação mental para suportar, vamos dizer assim, as três noites de festa”, destacou Edmundo.
O Levantador de Toadas Patrick Araújo também se destacou ao cantar “Feito de Pano e Espuma” ao lado do pianista João Gustavo Kienen, emocionando o público.