Criada em 28 de fevereiro de 1967, com o objetivo de integrar a Amazônia Ocidental à economia do país através da produção industrial e isenções fiscais, a Superintendência da Zona de Franca de Manaus, a SUFRAMA completa nesta terça-feira, 56 anos de criação.zfm abriga um
E o jornal Maskate News resolveu fazer uma homenagem e lembrar a historia desta autarquia quem vem gerando empregos e crescimento econômico para a cidade de Manaus e para seus habitantes. Neste especial relembraremos como o órgão foi criado, quais benefícios e qual a sua importância para a Amazônia Ocidental e Amapá
Responsável por um dos maiores PIBs da indústria brasileira, o Polo Industrial de Manaus (PIM) fabrica produtos que fazem parte do dia a dia de todos os brasileiros, tais como televisores, motocicletas, smartphones, condicionadores de ar, notebooks, canetas esferográficas e barbeadores. Cerca de 95% da produção do PIM é destinada a abastecer o mercado nacional. Por ter etapas de industrialização regulamentadas por Processos Produtivos Básicos (PPBs), o Polo conta com cadeia produtiva adensada e é responsável pela fabricação de produtos com alto valor agregado.zfm abriga um
História
Os primeiros anos da ZFM foram marcados por um forte comércio importador. A indústria não teve o mesmo impacto que o setor terciário no alvorecer do modelo de desenvolvimento. As primeiras fábricas da ZFM só começaram a se implantar em 1969. O marco do setor industrial, no entanto, é o ano de 1972, com a inauguração do Distrito Industrial.
O lançamento da pedra fundamental do Distrito foi feita em 30 de setembro de 1968 , reunindo no ato o superintendente da Zona Franca de Manaus, Floriano Pacheco, e o governador do Amazonas, Danilo Duarte de Mattos Areosa. Esta data marcou também a aprovação do projeto da Beta S/A, fabricante de joias e relógios que entrou para a história como o primeiro projeto industrial aprovado para se instalar na Zona Franca de Manaus. A Beta não esperou pela inauguração do Distrito Industrial para se instalar e adquiriu um terreno na zona Centro-Sul de Manaus, onde funcionou até meados da década de 90.
A área escolhida para o Distrito situa-se entre as terras pertencentes ao Campus Universitário da Universidade Federal do Amazonas, num total de aproximadamente, 1.700 hectares divididos em aproximadamente, 150 lotes que se estendem da zona Sul à zona Leste de Manaus. Os trabalhos de infraestrutura no local começaram no final de 1969, com a instalação das redes de energia elétrica, água, esgoto e abertura da malha viária. Todas as obras, foram feitas com recursos próprios da Suframa. Em 1972, o Distrito Industrial de Manaus recebeu a primeira indústria, a CIA, ocupando uma área de 45.416 m² para produção de estanho e, na sequência, foi a vez da instalação da Springer, produtora de aparelhos de ar-condicionado.
Em 1980, a Suframa adquiriu uma área de 5,7 mil ha, contígua à do Distrito já ocupado, para expansão. Da mesma forma que o Distrito I, esta área foi planejada preservando-se áreas verdes em proporção às áreas construídas, para que o equilíbrio ecológico seja mantido.
Marca
Os produtos das indústrias incentivadas da Zona Franca de Manaus são caracterizados pela presença de um selo com uma garça branca de asas abertas, em pleno voo, e as inscrições “Produzido no Polo Industrial de Manaus” e “Conheça a Amazônia”. O selo foi desenvolvido em 1982 pela agência amazonense Saga Publicidade. O criador da marca, Reginaldo Lima, explica que “a escolha da garça como elemento gráfico tem uma explicação simples: leveza, apelo visual, liberdade para voar – em termos de mercado, visando inclusive as exportações”. Segundo Lima, a garça foi escolhida não apenas por ser encontrada na Amazônia, mas por ser achada em várias outras partes do Brasil. “A intenção era também mostrar que a Zona Franca de Manaus é, de fato, a Zona Franca do Brasil: um modelo nacional de desenvolvimento econômico e social”.
A marca foi lançada em uma grande campanha em todo o País, com apoio da Associação Comercial do Amazonas (ACA) e do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), e foi editada uma norma exigindo que todos os lançamentos publicitários de produtos oriundos da Zona Franca fossem realizados primeiro em Manaus. Além desta norma, também passou a se exigir a presença do selo da garça branca nas propagandas dos produtos do Polo Industrial de Manaus – o que ocorre até hoje. Anteriormente, as propagandas continham apenas a frase “Produzido na Zona Franca de Manaus”.
Na década de 80, a marca continha os textos “Produzido na Zona Franca de Manaus” e “Conheça o Amazonas”. No final da década de 90, com a ampliação dos benefícios da Zona Franca de Manaus para as Áreas de Livre Comércio (no Acre, Amapá, Rondônia e Roraima), adotou-se um texto mais específico em relação à origem do produto e mais abrangente em relação à região incentivada: “Produzido no Pólo Industrial de Manaus” e “Conheça a Amazônia”. A última alteração feita no selo veio em 2009, em função da reforma ortográfica, quando caiu o acento agudo da palavra “Polo”.
Tríade de desenvolvimento econômico
Em seus primeiros anos, a Zona Franca tornou-se um importante centro comercial de importação. O governo federal, em decorrência da crise de petróleo na década de 70, não permitia importações e nem a saída de brasileiros para o exterior. Dessa forma, Manaus tornou-se a única cidade brasileira onde o comércio de mercadorias estrangeiras podia ser praticado livremente. A Zona Franca era a opção de acesso às novidades importadas de todo o mundo.zfm abriga um
Com o crescimento do comércio, a cidade alavancou também o setor de serviços, com a expansão do setor hoteleiro, das atividades bancárias e a necessidade de um aeroporto internacional, atraindo investidores e comerciantes om experiência internacional das mais diversas procedências. No final dos anos 70, foram liberadas as viagens ao exterior com a permissão para entrada de bagagens até 100 dólares. Começavam as dificuldades do setor comercial da Zona Franca de Manaus que, a partir de então, passaria a receber visitantes somente em determinadas épocas do ano, com grandes promoções.zfm abriga um
Com a abertura comercial nacional, iniciada no fim da década de 80 e gradativamente consolidada nos anos 90, o polo comercial da Zona Franca de Manaus, que chegou ao nível máximo de 80 mil empregos, sofreu uma queda significativa ao mesmo passo que o polo industrial passou a tornar-se protagonista na economia da região.
Atualmente, o comércio, junto ao setor de serviços, representa 57% da atividade econômica do Estado do Amazonas. Essa movimentação econômica expressiva também ocorre nos demais Estados de abrangência da Suframa (Acre, Roraima, Rondônia e Amapá). Isto se dá porque além dos incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus, a Suframa também administra os incentivos da Amazônia Ocidental (Amoc) e das Áreas de Livre Comércio (ALCs).zfm abriga um