Indígenas de comunidade em Manaus enterrarão seus mortos em gavetas verticais no Cemitério Yane Ambiratá Rendáwa Bara Upé, o primeiro exclusivo para indígenas na capital.
São 216 gavetas em cada um dos cinco módulos construídos em área do Cemitério Nossa Senhora Aparecida, no bairro Tarumã, zona oeste, e inaugurado nesta terça pelo prefeito David Almeida. No total, a capacidade é de 1.080 corpos.
“São 353 anos de indiferença e esquecimento, e hoje estamos entregando esse cemitério indígena, que é o primeiro do Brasil, para que essa memória ancestral possa ser celebrada e cultuada”, disse David Almeida.
“Agora nós temos a possibilidade, por meio do cemitério, de trazermos essa memória, uma memória presente, o cemitério estará presente para nós e ficará para as gerações futuras”, disse Marcivana Saterê-Maué, coordenadora da Copime (Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus e Entorno.
A praça Dom Pedro II, no centro histórico de Manaus, era um cemitério indígena antes da fundação da cidade. No local foi instalado o Memorial Aldeia da Memória Indígena de Manaus.
Foto: Semcom