Nesta sexta-feira (17), parte e uma ossada humana foi encontrada pelos mergulhadores do Pelotão Fluvial do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas no km 25 da BR-319, no município Careiro da Várzea, no rio Curuçá, onde uma ponte caiu no dia 28 de setembro de 2022. O acidente deixou quatro mortos, 14 feridos e uma pessoa desaparecida.
Em menos de duas horas de mergulho, os mergulhadores conseguiram resgatar uma ossada humana. Os restos mortais da pessoa foram entregues a uma equipe do Instituto Médico Legal, e vão passar por processo de identificação. Porém, a suspeita é que a ossada seja do funcionário público federal João Nascimento Fernandes, 58, que está desaparecido desde que a ponte caiu.
Suspeita
Conforme a entrevista concedida ao Maskate News, 6 de outubro de 2022, a neta da vítima, Beatriz Fernandes, conta que todos os dias os parentes se revezavam para acompanhar de perto as buscas pelo corpo do avô. A família recebia ajuda de amigos que fazem uma espécie de ‘cotinha’ para arcar com os custos dessas idas e vindas ao local do acidente.
“A gente está sofrendo muito com a demora nas buscas pelo corpo do meu avô, estamos muito cansados. Além disso estamos gastando até o que não temos para estar todos os dias no local do desabamento. Os amigos do meu avô e da minha avó estão fazendo ‘cotinha’ e ajudando a gente nesse momento”, contou na época.
Além disso, Beatriz revelou ainda que por meio do Porto Chibatão a família conseguiu um guindaste para a retirada do caminhão com carga de 60 toneladas de cimento, que ainda está debaixo da água. Porém, para que o guindaste pudesse começar os trabalhos é preciso que seja feita uma terraplanagem na área, para que o peso da máquina seja suportado e não venha a afundar.
“O local onde ocorreu o desabamento é perigoso e corre o risco de não suportar o peso do guindaste, por isso a importância da terraplanagem. Desde o 4º dia já se falava nessa terraplanagem e até o momento ninguém fez nada, não aguentamos mais esperar e precisamos de respostas. O que podemos fazer estamos fazendo. Já conseguimos esse guindaste, estamos passando informações para os bombeiros, mas precisamos que agilizem essa terraplanagem” desabafou. Apesar de toda a situação, os restos mortais foram entregues a uma equipe do Instituto Médico Legal (IML), e vão passar por processo de identificação.