Vendo os papas pacificadores da atualidade, quem vem se sucedendo desde Paulo VI, defensor e criador da Teologia da Libertação, que fez a opção pelos pobres, nem de longe imagina que os papas da Idade Média eram, totalmente, diferentes.
Entre tantos, um se destacou: Júlio II, que rivalizava em poder com os reis da época. Para provar que os ‘representantes de Deus’ na terra tinham que mostrar maior poder que os monarcas terrenos, mandou confeccionar as armaduras de seus soldados em prata pura e ia para a guerra junto com a tropa, contrariando as regras da própria Igreja, que proibiam o papa de participar de campanhas militares pessoalmente.
Guerra era guerra
Conquistou territórios para os Estados Pontifícios, anexando as regiões de Parma, Ferrara e MódenaMas, Júlio foi também um grande mecenas, pois investiu muito nas artes e financiou vários gênios da época.
Sobrinho do Papa Sisto IV, Giuliano della Rovere nasceu em Albisola, perto de Savona, na República de Gênova. Ele era de uma família nobre mas empobrecida.
Venda de Indulgências
Ele vendia indulgências (diminuição da Pena temporal no Purgatório) aos cristãos para financiar a construção de uma nova basílica de São Pedro, era amigo e mentor dos famosos pintores Bramante, Rafael e Michelangelo. Foi durante o seu papado, inclusive, que Michelangelo pintou o icônico teto da Capela Sistina, que ganhou este nome em homenagem ao tio dele.
Em seus nove anos de papado, teve várias amantes, comprovadamente uma filha. Foi o responsável pela expulsão da família Bórgia (o Papa Bórgia é até hoje a vergonha da Igreja Católica) de quem era adversário.
Morreu em 21 de fevereiro de 1513. Encontra-se sepultado em San Pietro in Vincoli em Roma.