Desde os últimos vinte anos que as igrejas evangélicas, como um todo no Amazonas, tomam partido, apoiam, fazem campanha e pedem votos para seus candidatos. A nível nacional a história da Igreja Universal com Collor já virou lenda, com a jogada genial de PC Farias, engabelando Silvio Santos, que passou a TV Record para o bispo Macedo, pensando que estava vendendo para Fernando Collor.
Em Manaus a opção pela política partidária começou em 14 de outubro de 2000, com o racha entre as famílias Câmara e Fernandes, numa rasteira de Silas em Miquéias, nascendo ali a Assembleia de Deus Tradicional, que optou por Miquéias.
Mais pragmatismo que fé
Mas a verdade é que nunca houve ideologia nessas igrejas para apoiar este ou aquele candidato – como na eleição para prefeito que deu a Vitória para Arthur Neto – quando a Assembleia de Deus apoiou os comunistas Eron e Vanessa no púlpito, profetizando a vitória de ambos, que não se concretizou.
Usando mais o pragmatismo e materialismo que definem sua trajetória política, Silas Câmara, líder político da Ieadam, fechou apoio com Roberto Cidade, botando para escanteio David Almeida, que contava com esse apoio, pois se define evangélico.
Ovelha é ovelha pastor é pastor

Silas usou da máxima que ‘a ovelha ouve a voz do seu pastor, e sem se importar com os vereadores e candidatos a uma vaga, que apoiam David Almeida, bateu o martelo. Durante o anúncio, partidários de David fecharam a cara e os candidatos Joelson Silva, do Avante; Mitoso, do MDB; Amauri Colares, do Agir, e Roberto Sabino, do Republicanos, nem compareceram ao anúncio.
Fidelidade Universal

Já a Igreja Universal, onde não existe esse negócio de ovelha dar um pio e todas seguem a ordem do bispo-líder, alinhou-se à Cidade. O deputado estadual João Luiz estava na reunião. Mas o vereador João Luiz, o mais votado nas últimas eleições municipais e hoje alinhado a David, não compareceu.
Não se pode esquecer que na última votação na Câmara, para autorizar o empréstimo de R$ 580 milhões para David, os vereadores da Universal Márcio Tavares e João Carlos, do Partido Republicanos comandado por Silas, mudaram de opinião nos últimos momentos e votaram a favor do empréstimo.